sexta-feira, 13 de maio de 2011

Trabalho 4 - A Infografia


Infografia ou infográficos são representações visuais de informação. Esses gráficos são usados onde a informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapas, jornalismo e manuais técnicos, educativos ou científicos. É um recurso muitas vezes complexo e nasce da combinação entre fotografia, desenho e texto.
No design de jornais, por exemplo, o infográfico costuma ser usado para descrever como aconteceu determinado facto, quais as suas consequências. Além de explicar, por meio de ilustrações, diagramas e textos, factos que o texto ou a foto não conseguem detalhar com a mesma eficiência.
Também são úteis para cientistas como ferramentas de comunicação visual, sendo aplicados em todos os aspectos da visualização científica.
História da infografia
Origens
As raízes da infografia têm a sua origem na pré-história. Os primeiros mapas foram criados milénios antes da escrita. Os mapas mais antigos que se conhecem foram encontrados na antiquíssima cidade de Çatal Hüyük, na Turquia, e datam de cerca de 6200 a.C., estão pintados numa parede.

Estudo de Embriões de Leonardo da Vinci (1510-1513)

 

Leonardo Da Vinci tentou entender os fenómenos, descrevendo-os em detalhe extremo, ao longo de sua vida, desenvolveu uma enciclopédia baseada em desenhos detalhados de tudo. Como não dominava o latim e a matemática, o Leonardo da Vinci cientista era ignorado pelos estudiosos contemporâneos. Realizou autópsias e elaborou desenhos anatómicos extremamente detalhados, tendo realizado um trabalho, inclusive sobre o corpo humano, de anatomia comparativa. Entre 1510 e 1513, estudou fetos, de que resultaram obras que podem ser consideradas como infografias de grande complexidade.

Infográfico de Charles Minard (1861) 

 
Em 1861, Charles Joseph Minard criou um importante infográfico sobre a marcha de Napoleão sobre Moscovo. Um exemplo pioneiro de como muita informação pode ser sintetizada para se tornar mais inteligível.
Há quatro variáveis diferentes que contribuem para demonstrar o fracasso da campanha (em apenas uma representação bidimensional):

  • A distância e direcção que percorreram

  • A altitude que as tropas atravessaram

  • A variação no número de soldados à medida que as tropas morriam de fome e dos ferimentos

  • As baixas temperaturas que enfrentaram


Mapa do Metro de Londres de Harry Beck (1933)



Em 1933, Harry Beck projectou o mapa de metro de Londres. Antes desse infográfico de Beck, várias linhas de metro eram representadas geograficamente, muitas vezes sobrepondo-se ao mapa das ruas. Beck percebeu que a localização geográfica era informação supérflua para os passageiros do metro, eles queriam saber apenas a ordem e relação das estações entre si, para decidir onde mudar de estação.
Inspirado na simplicidade de diagramas de engenharia eléctrica, Beck projectou o mapa que seria o paradigma para todos os mapas de transporte público que vieram em seguida.

Evolução da Infografia
  


A partir de 1875, o emprego de técnicas de gravura em pedra (litogravura) e metal e, posteriormente, na composição tipográfica trouxe uma crescente facilidade para a utilização de desenhos e fotografias nos jornais.
A partir da década de 1920, surgiram tecnologias que permitiram o envio de imagens via cabo ou antenas, e na década de 1960 os satélites encurtavam as distâncias, permitindo com isso que factos ocorridos no mesmo dia em locais distantes pudessem ser informados. Mas o que realmente influenciou a utilização de infográficos foi a digitalização de dados a partir dos anos 1980.
Porém, a infografia teve a sua importância ou visibilidade aumentada na Guerra do Golfo. Isso deu-se pela escassez de fotografias, o que demandava uma expressão gráfica mais contundente. O advento da interface gráfica a partir da chegada dos Macintosh e Windows 95 catapultou as possibilidades visuais no jornalismo.
Com a chegada de programas de interface gráfico para criação de sites agregando media e recursos visuais numa única plataforma, a infografia tornou-se, definitivamente, uma maneira eficiente de tratar a informação. Sites como o do “El País” e “El Mundo” o “New York Times” têm secções específicas para o recurso visual em referência.
Com o aparecimento do Adobe Illustrator em meados de 1995, tudo se tornou mais fácil devido ao desenho vectorial que este programa trazia de novo. Este foi assim um ponto de viragem na Evolução da Infografia.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Proposta de Trabalho 4 - A Infografia


A ilustração infográfica, o conceito de imagem enquanto elemento e linguagem de comunicação visual. A infografia como modalidade de imagem do género informativo.
Nem todas as ilustrações e desenhos são infografias. Para que a ilustração se considere infografia tem que explicar algo, contar uma história, transmitir informação como uma notícia. A infografia significa a apresentação visual de dados, sejam dados estatísticos, sejam mapas ou diagramas. Trata-se das três formas que a infografia adopta no jornal impresso.
A infografia é a aplicação das regras do desenho gráfico para contar histórias podemos dizer que a infografia é um dos ramos do jornalismo visual. O conceito de jornalismo infográfico existe na medida em que é possível contar histórias jornalísticas pelo método infográfico.
Estudos científicos como o desenvolvido pela Universidade de Lund (Suécia), apresentado numa edição nova dos “Malofiej infographics competition” demonstram que a infografia é o género que por mais tempo prende um leitor na página. Pela sua natureza e pelas suas características, os gráficos atraem a curiosidade dos leitores, que entendem bem essa linguagem fragmentada e tremendamente visual.



domingo, 1 de maio de 2011

Trabalho 3 - Fim

Proposta final do trabalho 3 sobre a cor, manipulação dos elementos constituintes da imagem ao nivel da cor de forma a alterar o seu significado visual:

Proposta 1: Numa bomba de gasolina os diferentes tipos combustível estão associados a determinadas cores como tal é uma forma de comunicação.

Original

Manipulada

Proposta 2:  As bandeiras nacionais estão repletas de cores e símbolos diferentes, eles identificam visualmente a identidade de um povo.

Original

Manipulada

Proposta 3: Relativamente aos sinais de transito, o uso da cor vermelha está associado a perigo ou proibição. Neste caso a manipulação da cor no sinal de transito transforma por completo a mensagem original por ele transmitida.

Original

Manipulada



sábado, 30 de abril de 2011

Trabalho 3

A Cor
Aqui estão mais alguns exemplos fotográficos recolhidos por mim relativos ao uso da cor inclusive um espectacular duplo arco-íris.

 



Na Natureza e no mundo animal as cores também são um veiculo de comunicação:

Atracção


Perigo

Emoção






quarta-feira, 27 de abril de 2011

Proposta de Trabalho - 3

Levantamentos fotográfico:
Aqui estão alguns exemplos de como a cor vermelha pode ser usada para comunicar vários tipos de mensagem:








Outros exemplos onde a Cor é fundamental na descodificação da mensagem:





sábado, 23 de abril de 2011

Proposta de Trabalho - 3

A cor como matéria visual de transmissão de mensagens, conceitos e sentimentos.

A Cor:
As cores só existem se três componentes estiverem presentes: um observador, um objecto e luz. Apesar da luz branca ser normalmente apontada como "sem cor", na realidade ela contém todas as cores do espectro visível. Quando a luz branca atinge um objecto ele absorve algumas cores e reflecte outras; apenas as cores reflectidas contribuem para a interpretação da cor feita pelo observador.

A percepção das cores: nossos olhos e a visão 
O olho humano sente o espectro de cores usando uma combinação da informação vinda de células localizadas no olho, chamadas de cones e bastonetes. Os bastonetes são mais adaptados a situações de pouca luz, mas eles apenas detectam a intensidade da luz, os cones, por outro lado, funcionam melhor com intensidades maiores de luz e são capazes de discernir as cores.

Misturando cores por adição e subtração:

Praticamente todas as cores visíveis podem ser produzidas utilizando alguma mistura de cores primárias por combinação aditiva ou subtrativa. O processo aditivo cria cores adicionando luz a um fundo preto, o processo subtrativo usa pigmentos ou tinturas para, selectivamente, bloquear a luz branca. A compreensão de cada um desses processos é a base fundamental para entender a reprodução de cores.

Aditivo   Subtractivo

 As cores nos três círculos exteriores são chamadas de primárias e são diferentes em cada um dos diagramas. Aparatos que se baseiam em cores primárias para representar cores só podem produzir uma gama limitada de cores. Os monitores de computador, por exemplo, emitem luz para produzir cores através do processo aditivo; impressoras, por outro lado, usam tinta, ou pigmento, para absorver a luz, através do processo subtrativo. é por isso que a grande maioria de monitores usa uma combinação de pixels vermelho, verde e azul (o que é comumente chamado de RGB, do inglês "red, green and blue"). As impressoras, por sua vez, usam (pelo menos) tintas das cores ciano, magenta e amarelo (o que é chamado de CMY, do inglês "cyan, magenta and yellow"). Muitas impressoras também utilizam a tinta preta (abreviado, nesse caso, por CMYK, onde o K vem de "blacK"), já que uma combinação de CMY não é capaz de produzir preto profundo.

Propriedades da cor: Tom e Saturação

A cor tem dois componentes únicos que a separa da luz acromática: tom e saturação. Descrever cores usando esses termos pode ser altamente subjectivo, mas cada um deles pode ser ilustrado mais objectivamente se inspeccionarmos o espectro de cor da luz.
As cores que vemos todos os dias não são compostas de luz de apenas um comprimento de onda, mas contém uma grande gama de comprimentos de onda. O tom de uma cor descreve qual o comprimento de onda que parece ser o mais dominante.
A saturação de uma cor é a medida da sua pureza:
Uma cor muito saturada é uma cor que contém um conjunto muito estreito de comprimentos de onda.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Trabalho 2 - A Tipografia

Composição baseada em tipografia

Álvaro de Campos:
É o poeta do modernismo e da industrialização como tal, achei que uma forma de representar o autor da Ode Triunfal é fazendo alusão aos mecanismos e engrenagens do desenvolvimento urbano e da vida moderna assim como a ligação às engrenagens das máquinas do homem e as sensações e emoções fortes sentidas pelo autor.
A mensagem é transmitidas tipograficamente pelo uso de efeitos de relevo e profundidade em palavras chave que saltam fora do enquadramento e da composição visual.


Ricardo Reis:
Relativamente à composição de Ricardo Reis, tentei representar a memória de Lídia com a calma e serenidade presente nos poemas deste autor. Através da aplicação de alguns atributos como transparência e escala, tentei desenvolver uma composição visualmente moderada e nostálgica, com sentimento mas sem paixão onde a moderação dos prazeres ; neste caso a composição visual sem cor e simples e a importância de viver o momento "carpe diem" se coaduna com as principais características de Ricardo Reis.


Alberto Caeiro:
Para Alberto Caeiro tentei fazer uma tipografia que exprima os ideais do poeta heterónimo de uma forma directa e eficaz. A sua atitude e relação com a Natureza, o desejo de apreciar a vida e todos os momentos em paz e união consigo próprio e com o Universo. Na minha composição, esses momentos e sensações são expressos pelas palavras-chave do seu discurso.




terça-feira, 12 de abril de 2011

Gestalt ou Teoria da Forma

Toda a matéria visual de uma obra, seja ela projectada, desenhada, esculpida, rabiscada, digamos assim, é produzida através de uma sequência básica de elementos visuais que estabelecem a essência de tudo o que é perceptível pela visão.
 A Gestalt é uma teoria psicológica alemã sobre o fenómeno de percepção visual, que considera que determinados factores, como equilíbrio, clareza e harmonia das formas que vemos, contribuem para melhor estruturar essas imagens no nosso cérebro, por terem em conta padrões de organização desenvolvidos pelo sistema nervoso.
O pensamento gestaltista, assente na interacção e no efeito de percepção humana acerca do significado visual, tem como base teorica a crença de que " o todo é mais do que a soma das partes".
A Teoria de Gestalt  tem como mentor Max Wertheimer , assistido por Wolfgang Koler e  kurt Koffka no final do séc XIX com o sugimento da escola de Gestalt cujos primeiros estudos realizados se debruçaram na organização da parte perceptiva consciente. Procederam à realização de experiências que procuraram estudar na primeira fase os mecanismos fisiológicos e psicológicos da percepção assim como as relações do organismo com o seu meio estendendo-se posteriormente ao campo da memória, da inteligência, da expressão e da personalidade como um todo.
Estes definiram os princípios pelos quais esta se rege, as Leis da Gestalt são as seguintes:

Lei da Semelhança: item semelhantes tendem a ser agrupados em conjunto.


Lei de Pragnanz: a realidade é organizada da forma mais simples possível.


Lei da Clausura: objectos agrupados em conjuntos, são vistos como um todo.


Lei da Proximidade: objectos próximos uns dos outros tendem a ser agrupados em conjuntos.


Lei da Continuidade: pontos conectados por linhas rectas ou curvas são vistos da forma mais simples.


Lei da Experiência Passada: associações da forma, certas formas só são compreendidas se tivermos consciência prévia da sua existência.





quinta-feira, 31 de março de 2011

Proposta de Trabalho - 2

A Tipografia
Projecto:
A partir dos versos indicados de Fernando Pessoa desenvolva 3 composições baseadas em tipografias.

Fernando Pessoa:
É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos objecto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".

Heterónimos:

Álvaro de Campos surge quando Fernando Pessoa sente “um impulso para escrever”. O próprio Pessoa considera que Campos se encontra no «extremo oposto, inteiramente oposto, a Ricardo Reis”, apesar de ser como este um discípulo de Caeiro. Cantor do mundo moderno, o poeta procura incessantemente “sentir tudo de todas as maneiras”, seja a força explosiva dos mecanismos, seja a velocidade, seja o próprio desejo de partir. “Poeta da modernidade”, Campos tanto celebra, em poemas de estilo torrencial, amplo, delirante e até violento, a civilização industrial e mecânica, como expressa o desencanto do quotidiano citadino, adoptando sempre o ponto de vista do homem da cidade. 

A obra de Álvaro de Campos passa por 3 fases, primeiro a fase Decadentista, a segunda fase Futurista/Sensacionalista e a terceira fase Pessimismo/Intimista. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinistas em fúria!” Este é um excerto do poema Ode triunfal que faz parte da segunda fase literária; o Futurismo. Nesta fase, Álvaro de Campos exalta o progresso técnico, celebra o triunfo da máquina, da energia mecânica e da civilização moderna. Sente-se nos poemas uma atracção quase erótica pelas máquinas, símbolo da vida moderna. 

Campos apresenta a beleza dos “maquinismos em fúria” e da força da máquina por oposição à beleza tradicionalmente concebida. A procura da chave do ser e da inteligência do mundo torna-se desesperante canta a civilização industrial recusa as verdades definitivas estilisticamente: introduz na linguagem poética a terminologia do mundo mecânico citadino e cosmopolita intelectualização das sensações a sensação é tudo procura a totalização das sensações: sente a complexidade e a dinâmica da vida moderna e, por isso, procura sentir a violência e a força de todas as sensações. Exprime a energia ou a força que se manifesta na vida. 

O heterónimo Ricardo Reis, é o poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita, com calma lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas. “Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio”, “Prefiro rosas, meu amor, à pátria” ou “Segue o teu destino” são poemas que nos mostram que este discípulo de Caeiro aceita a antiga crença nos deuses, enquanto disciplinadora das nossas emoções e sentimentos, mas defende, sobretudo, a busca de uma felicidade relativa alcançada pela indiferença à perturbação.

A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurismo triste, pois defende o prazer do momento, o “carpe diem”, como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos. Procurar a calma, ou pelo menos, a sua ilusão; Seguir o ideal ético da apatia que permite a ausência da paixão e a liberdade.

Ricardo Reis, que adquiriu a lição do paganismo espontâneo de Caeiro, cultiva um neoclassicismo neopagão (crê nos deuses e nas presenças quase divinas que habitam todas as coisas), recorrendo à mitologia greco-latina, e considera a brevidade, a fugacidade e a transitoriedade da vida, pois sabe que o tempo passa e tudo é efémero. Daí fazer a apologia da indiferença solene diante o poder dos teus e do destino inelutável. Considera que a verdadeira sabedoria de vida é viver de forma equilibrada e serena, “sem desassossegos grandes”.

Epicurismo: busca da felicidade relativa, moderação nos prazeres, fuga à dor ataraxia (tranquilidade capaz de evitar a perturbação), prazer do momento, não cede aos impulsos dos instintos calma, ou pelo menos, a sua ilusão, ideal ético de apatia que permite a ausência da paixão e a liberdade.

Estoicismo: considera ser possível encontrar a felicidade desde que se viva em conformidade com as leis do destino que regem o mundo, permanecendo indiferente aos males e às paixões, que são perturbações da razão, aceitação das leis do destino “... a vida/ passa e não fica, nada deixa e nunca regressa.” Indiferença face às paixões e à dor, abdicação de lutar, autodisciplina.

Paganismo: crença nos deuses, crença na civilização da Grécia . Sente-se um “estrangeiro” fora da sua pátria, a Grécia.

Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “guardador de rebanhos”, que só se importa em ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. Daí o seu desejo de integração e de comunhão com a natureza.

Para Caeiro, “pensar” é estar doente dos olhos. Ver é conhecer e compreender o mundo, por isso, pensa vendo e ouvindo. Recusa o pensamento metafísico, afirmando que “pensar é não compreender”. Ao anular o pensamento metafísico e ao voltar-se apenas para a visão total perante o mundo, elimina a dor de pensar que afecta Pessoa.

Caeiro é o poeta da Natureza que está de acordo com ela e a vê na sua constante renovação. E porque só existe a realidade, o tempo é a ausência de tempo, sem passado, presente ou futuro, pois todos os instantes são a unidade do tempo.

É um sensacionalista a quem só interessa o que capta pelas sensações e a quem o sentido das coisas é reduzido à percepção da cor, da forma e da existência: a intelectualidade do seu olhar volta-se para a contemplação dos objectos originais. Constrói os seus poemas a partir de matéria não-poética, mas é o poeta da Natureza e do olhar, o poeta da simplicidade completa, da objectividade das sensações e da realidade imediata (“Para além da realidade imediata não há nada”), negando mesmo a utilidade do pensamento.

Para Caeiro fazer poesia é uma atitude involuntária, espontânea, pois vive no presente, não querendo saber de outros tempos, e de impressões, sobretudo visuais, e porque recusa a introspecção, a subjectividade, sendo o poeta do real objectivo. 

Caeiro canta o viver sem dor, o envelhecer sem angústia, o morrer sem desespero, o fazer coincidir o ser com o estar, o combate ao vício de pensar, o ser um ser uno, e não fragmentado. Personifica o sonho da reconciliação do Universo, com a harmonia pagã e primitiva da Natureza.

Proposta de Trabalho - 2

A Tipografia

A tipografia (do grego typos — “forma” — e graphein — “escrita”) é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Tipografia também é um termo usado para a gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.
Na grande maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objectivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico experimental (ou de vanguarda) os objectivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativa.
No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses factores são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado. No caso da media impressa, designers gráficos (ou seja, os tipógrafos) costumam-se preocupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão.
O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.
Texto em itálico texto a negrito==Invenção da imprensa== A tipografia clássica baseia-se em pequenas peças de madeira ou metal com relevos de letras e símbolos — os tipos móveis. Tipos rudimentares foram inventados inicialmente pelos chineses. Mas, no século XV, foram redescobertos, por Johann Gutenberg, com a invenção da prensa tipográfica. A diferença entre os tipos chineses e os de Gutenberg é que os primeiros não eram reutilizáveis. A reutilização dos mesmos tipos para compor diferentes textos mostrou-se eficaz e é utilizada até aos dias de hoje, constituindo a base da imprensa durante muitos séculos. Essa revolução que deu início à comunicação em massa, foi cunhada pelo teórico Marshall McLuhan como o início do “homem tipográfico”. Mesmo com o advento dos computadores e da edição electrónica de texto, a tipografia permanece viva nas formatações, estilos e grafias.

Levantamento fotográfico:





Outros exemplos: